HHC, HHC-P, THC-P, THC-V, 8-OH-HHC entre tantos outros que vem surgindo.

Os canabinóides semi-sintéticos que circulam na Europa são produzidos principalmente através de processos laboratoriais, utilizando o CBD extraído do cânhamo industrial como matéria-prima. O processo mais comum é a hidrogenação, que consiste em adicionar moléculas de hidrogénio ao CBD

Processo de Produção

1. Cultivo de cânhamo industrial: Plantas de Cannabis sativa com baixo teor de THC (menos de 0,3%) são cultivadas legalmente na UE.
2. Extração de CBD: extraído das plantas de cânhamo usando métodos como extração com solvente (etanol)1.
3. Hidrogenação: Moléculas de hidrogénio são adicionadas ao CBD em laboratório, transformando-o em HHC (hexahidrocanabinol)2.
4. Análise e formulação: Os extratos são analisados para determinar as quantidades de canabinóides e depois formulados em produtos específicos1.
5. Acondicionamento e distribuição: Os produtos finais são embalados e distribuídos, muitas vezes como “artigos de coleção” devido à zona cinzenta legal em alguns países europeus2.

Este processo permite a produção de canabinóides semi-sintéticos como o HHC, que têm ganhado popularidade na Europa desde 2018, aproveitando-se da falta de regulamentação específica para estas novas substância

Mas afinal …

O que é o HHC?

Criado pela primeira vez em 1944 pelo químico americano Roger Adams, o HHC é um composto produzido através da hidrogenação. Esse processo consiste em adicionar moléculas de hidrogênio ao CBD ou ao THC, criando um canabinóide com propriedades psicoativas semelhantes ao THC.

Porém, enquanto o THC é ilegal na maioria dos países, o HHC pode ser produzido legalmente em algumas regiões a partir do cânhamo industrial, já que o cânhamo contém baixos níveis de THC (<0,3%). Isso o torna uma alternativa em mercados onde a legislação proíbe o uso recreativo de THC.

Como o HHC está sendo regulamentado na Europa?

A situação do HHC varia muito entre os países europeus. Ele se encontra em uma verdadeira “zona cinzenta” legal, já que as legislações atuais nem sempre cobrem novas substâncias como esta.

📌 Países onde o HHC pode ser permitido ou tolerado:

• Portugal, Espanha, Grécia, Irlanda, Luxemburgo, Croácia e outros países onde a regulamentação não o proíbe explicitamente.

📌 Países onde o HHC é proibido:

• Polônia, Áustria, Suíça, Suécia, Noruega e Bélgica.

🚨 Atenção: Muitos países já estão revisando suas legislações para incluir o HHC na lista de substâncias controladas, como aconteceu recentemente na Estônia e na Alemanha (quando produzido sinteticamente).

O que sabemos sobre os efeitos do HHC?

Embora ainda existam poucos estudos sobre o impacto do HHC no corpo humano, sabemos que ele compartilha muitas semelhanças com o THC, tanto em seus efeitos psicoativos quanto no uso medicinal. Alguns usuários relatam:

• Sensação de relaxamento e euforia.
• Alterações na percepção e clareza mental.

Por outro lado, a falta de dados científicos concretos sobre o HHC gera preocupação. O Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (OEDT) destacou em 2023 a necessidade de mais pesquisas para entender melhor os riscos e benefícios desse composto.

Cânhamo Industrial: a base do HHC

A produção do HHC depende do cânhamo industrial, uma planta sustentável e versátil amplamente cultivada na União Europeia. Além de servir como base para o HHC e outros canabinóides, o cânhamo industrial é utilizado em:

• Produção de alimentos (sementes de cânhamo).
• Fibras para roupas e tecidos sustentáveis.
• Cosméticos e produtos medicinais.

Na União Europeia, o cânhamo industrial é regulamentado pela Política Agrícola Comum (PAC) e deve conter menos de 0,3% de THC. Atualmente, 75 variedades diferentes de cânhamo são registradas e autorizadas para cultivo na UE.

HHC: riscos e recomendações para o consumidor

⚠️ Por se tratar de uma substância nova no mercado, o consumo de HHC deve ser feito com responsabilidade e cautela.

Recomendações da Kaya:

1. Respeite as leis locais. Informe-se antes de consumir ou transportar HHC para outros países.
2. Adquira produtos confiáveis. Certifique-se de que o produto vem de uma fonte segura e regulamentada.
3. Consuma com moderação. Não há estudos suficientes sobre seus efeitos a longo prazo.

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